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Conjunto Marumbi

As trilhas de acesso aos diversos cumes do Conjunto Marumbi

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A bela visão do Conjunto Marumbi

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Escalando a Fissura do Arame, no Parque do Lineu.

O Conjunto Marumbi ou Serra Marumbi é formado pelas montanhas: Olimpo (1.539 m.), Boa Vista (1.491 m.); Gigante (1.487 m.); Ponta do Tigre (1.400 m.); Esfinge (1.378 m.); Torre dos Sinos (1.280 m.); Abrolhos (1.200 m.); Facãozinho (1.100 m.) e pelo Morro Rochedinho (625 m).

Tive a oportunidade de fazer todos os cumes do Conjunto Marumbi. Cada um com suas belezas e características próprias. É um dos locais que não me canso de ir e que é ideal para recarregar as energias. Além das caminhadas também fiz ótimas escaladas em paredes alucinantes!

Escaladas na Urca – RJ

Escaladas boas e  paredes grandes é no Rio de Janeiro, especialmente no bairro da Urca, onde localiza-se o Pão de Açúcar e o Morro da Babilônia. Além da escalada em parede, ainda existem algumas falésias e até mesmo boulder´s com graduação elevada. A Urca é o maior centro urbano de escalada do mundo, contendo inúmeras vias. Nada de andar muito, basicamente você desce do ônibus e já dá de cara com uma boa via de escalada.
No Pão de Açúcar existem algumas vias clássicas que valem a pena ser escaladas, como a Via dos Itlianos, a Cavalo Louco e a Chaminé Stop. O Morro da Babilônia caracteriza-se por vias de baixa graduação, em aderência. Ideal para quem está começando.

Para conhecer mais vale a pena visitar o site: http://www.guiadaurca.com


Justificar

Morro Anhangava nos Anos 90

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Rafael na Via dos Professores

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Eu guiando a via 7º Dia

 

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A galera que frequentava o Anhangava. Na foto Rafael, Acir (Barbosa) e Gustavão.

 

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Eu ainda moleque guiando a via "Professores"

O Anhangava tem 1.200 metros de altitude localiza-se no município de Quatro Barras – Região Metropolitana de Curitiba. Foi aqui que comecei a escalar, quando eu tinha uns 14 anos, ainda que de maneira arcaica (usando kichute, corda de pedreiro, em capacete, etc.). Normalmente a galera se reunia no grupo escoteiro durante o sábado, mas já marcava uma boa escalada no domingo. Teve uma época em que a coisa ficou quase que “sagrada” e chegávamos a ir todos os domingos para escalar as diversas vias como: Andorinhas, Mônica, RS, Tranversal, Caninana, 7o. Dia, etc… Mesmo com chuva arriscávamos e íamos para montanha, mesmo sem poder escalar. A galera era toda enpolgada, acordava cedo (muitas vezes as 5h30min da matina), colocava a mochila nas costas e pegava o rumo da serra. Normalmente eu dormia na casa de meu primo e no começo minha avó não era muito fã dessas nossas peripécias, mas com o tempo ela foi se acostumando e deixava nosso lanchinho pronto.
 
Escalamos por todos o Anhangava, conhecemos os setores, muitas vias e fizemos boas amizades na montanha.

 

Rappel no Viaduto dos Padres

Acordei as 5 da matina e resolvi ir para a sala assistir TV. Estava passando um filme alucinante: Tubarão II, um verdadeiro mito cinematográfico. O tempo estava fechado, com o céu acinzentado e nesta manhã o silência do despertar de um novo dia chamava a atenção. Eu havia marcado de me encontrar com o pessoal no Terminal do Portão e chegando lá encontrei o Eric (vulgo Muco), Rafael, Fabio, Pablo e sua irmã Amanda. O Pablo e a Amanda iriam conosco até a rodoferroviária, mas iam encontrar um outro pessoal e seguir de trem até Morretes, enquanto nosso destino era outro: O Viaduto dos Padres.

Na rodoviária combinamos de encontrar um outro amigo nosso, o Acir, que já estava atrasado. Cansados de tanto esperar resolvemos comprar as passagens e subir logo no ônibus (já estávamos adrenados demais!). A viagem foi rápida e descontraída e como sempre fomos falando besteiras. Havíamos marcado com uma equipe de reportagem no viaduto, mas quando chegamos não havia ninguém. O primeiro pensamento que me veio na cabeça era que a coisa todo tinha “michado” e que os caras não viriam filmar nossa traquinagem… De qualquer forma começamos a fixar as cordas no parapeito do viaduto e aproveitei o momento para explicar aos novatos (Fábio e Eric) como seria a descida e os cuidados necessários. A paisagem da Serra do Mar estava espetacular!

Depois de algum tempo alí avistamos ao longe um ônibus se aproximando, com uma pessoa com metade do corpo para fora da janela. A reação e comentários foram instantâneos: É o Acir!! Claro que era ele! O ônibus parou alguns metros a nossa frente e para nossa surpresa, além do Acir, desembarcaram também o Pablo, a Amanda, Aline (guia do GE Xingú) e mais uma monte guria que não me recordo o nome. Depois dos efusívos abraços começou a cair uma fina e gelada garoa, daquelas bem típicas da Serra do Mar paranaense. Como as meninas eram frágeis e estavam num ambiente totalmente hostil emprestamos a elas nossos anoracks.

Por mais um tempo esperamos a equipe de reportagem e, como ela não tinha aparecido eu, o Pablo e o Acir resolvemos tomar uma atitude e ir de carona até o local mais próximo, onde houvesse um telefone. Andamos um trecho a pé até que um senhor nos deu uma carona até o Restaurante Bela Vista, que fica relativamente longe do viaduto. Lá conseguimos ligar para o SBT e ficamos sabendo que o pessoal estava a caminho para fazer a cobertura. Como estávamos longe o nosso problema se tornou a volta. Pedimos carona para um senhor que negou, depois tentamos com um ônibus (que estava vazio, aparentemente não operando) e o motorista aceitou nos levar até o viaduto. Quando estávamos chegando já pudemos avistar o carro da equipe de reportagem.

Como íamos aparecer na TV nos preparamos e primeiramente foi feita uma cena com todo o material no chão, onde eu explicava a função de cada peça e como ia funcionar a descida. Chegou a hora da verdade e primeiramente desçeram eu, o Rafael e o Acir. Aproveitei cada momento daquela sensação!! Foi muito bom!!

Fizemos belas imagens, que ficaram ótimas na TV.

Texto retirado do meu caderno de anotações datado de 17/03/96

A Primeira Vez na Enferrujados

Eu e meu primo Rafael acordamos cedo no sábado, após uma boa noite de sono. Tomamos um bom café com alguns biscoitos, arrumamos os últimos preparativos para a aventura e partimos logo em seguida. A empolgação era grande e durante o trajeto de ônibus até a rodoviária fomos conversando sobre nossas espectativas para a escalada.

Chegando na rodoferroviária encontramos o Natural, já buscando passagens para comprar. Nosso outro colega de aventura, o Maurício, estava atrasado e nos preocupamos com a demora dele pois restavam poucas passagens. Depois de algum tempo o Maurício aparaceu, todo sorridente, já tirando uma com a cara de meu primo Rafael, que estava com alguns ítens para fora da mochila (tremenda farrofagem!!! hehehe). Minutos depois já estávamos no trem, rumo a uma das montanhas mais marvilhosas de nosso país, o Marumbí.

O trajeto de trem Curitiba-Morretes é bastante popular e pode-se deslumbrar paisagens maravilhosas da Serra do Mar Paranaense. Durante o caminho aproveitamos para comer mais um sanduíche vendido no trem por um senhor bastante gente-boa. Depois de algum tempo fomos dar uma rolé, indo dar uma olhada no último vagão, onde dois garotos faziam muita baderna entre os turístas. Logo um deles fez uma coisa que eu detesto: jogou uma lata de cerveja para fora do trem (puta que pariu!). Não fiquei calado perante essa atitude e meti a boca no gurizão, que estava bem “mamado”. O que jogou a latinha até que entendeu o recado, mas o amiguinho dele não e ficou me encarando por algum tempo. Deus castiga, isso é fato! A prova disso foi quando o trem parou e os dois babaquinhas desceram dele. Quando o trem começou a andar novamente um dos “cuzidinhos” saiu correndo atrás (cambaleando) e levou um pacote bonito no meio do trilho… quase que o miserável não consegue voltar para o vagão. Não puder deixar de rir…

Chegando na Estação Marumbi encontrei alguns amigos do Grupo Escoteiro: Félix, Julho, Vânia e Lelo. Foi bom vê-los por lá… Pegamos as mochilas, fizemos o cadastro e “pé na trilha”. O Maurício e o Natural foram na frente e logo em seguida fomos eu, o Rafael e o Félix . Andamos bem tranquilamente, deixando o corpo se acostumar com o ambiente até pegar um bom ritmo de caminhada. Quano chegamos na “primeira corrente” aproveitamos para desfrutar da paisagem e beber um pouco de água de uma fonte (fizemos uma pequena bica com uma folha, na ocasião). Passamos a 1ª, 2ª e 3º correntes e logo embicamos na trilha que nos levaria ao Parque do Lineu, local onde encontram-se algumas vias clássicas de escalada no Marumbi. O Parque do Lineu é muito bonito, imponente e oferece uma bela visão onde pode-se ver, ao longe, o Pico Paraná. No local encontramos mais dois escaladores, que aparentemente não gostaram de nossa presença, e também o “caderno de registros”, onde os marumbinistas cstumas registrar como foi a ascensão.

Após o almoço começamos a preparar nosso material para escalar a via chamada “Enferrujados”, um via graduada em A0, sendo um “trepa grampo” com grampos bem velhos, provavelmente datados de meados do século. Ao lado da “Enferrujados” pudemos ver uma nova via sendo aberta, onde havia um pedaço de corda pendurada, juntamente com dois mosquetões. Maurício iniciou a escalada guiando, indo o Natural logo em seguida. Depois foi a vez do Rafel guiar, indo eu na sequência. Félix, ficou sussegado na base da via. A via é bastante negativa e exposta (foi assustador) e acabei desistindo quase no final da primeira cordada. Quando desci me arrependi amargamente de ter desistido. Quando cheguei na base da via o Félix estava dormindo tranquilamente, enquando um grupo de pessoas escalava uma das vias ao lado. Logicamente meus amigos me sacanearam por eu ter “amarelado”.

Quando todos voltaram ficamos batendo papo até a noite chegar. Como estávamos com o estoque de água se esgotando resolvi buscar numa fonte logo abaixo, na trilha. O caminho era bem fechado, cheio de teias e aranhas e logo percebí que a noite veio rápido. Preparei a janta (um macarrãozinho furreca) e logo arrumei minhas coisas para dormir. O céu estava lindo e repleto de estrelas, simplismente fantástico! Ficamos obsrvando o céu até o sono chegar… vimos até alguns OVNIS (acreditem se quiser!). Pois bem, o sono não chegou pois haviam milhares de mosquitos dispotos a impedir que isso acontecesse. Os bichinhos eram insistentes e não perdoaram ninguém. Vencido pelo cansaço devo ter dormido por volta das 3h da manhã. Fui acordado pelo Rafael as 5h. Estávamos cheios de picadas… Como não tínhamos como descansar comecei a preparar o meu material disposto a tentar fazer a via outra vez. Escalamos a via novamente!! Foi alucinante!! O rappel desta via é indescritível! Como a parede é negativa aproveitamos a corda para ficar pendulando.

Ainda pela manhã iniciamos a descida. Encontramos o restante do pessoal na estação, onde preparamos um bom almoço. Aproveitamos a tarde para tomar um belo banho na Cachoeira dos Marumbinistas, onde tentamos pegar alguns peixinhos numa poça, e escalar na “Pedra Lascada”, que também era habitat de milhares de mosquitos (foi foda aguentar!). A volta de trem foi só bagunça, mesmo cansados e picados como estávamos.

Texto retirado de meu “Caderno Diário”. Na época eu só tinha 15 aninhos.

E No Início…

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Foto histórica! Escalada onde hoje é o Parque Tanguá.

Foto Histórica! Acabei encontrando em meio a uma gaveta abarrotada de coisas. Esta é a foto de minha primeira escalada, onde hoje é o Parque Tanguá, em Curitiba. Logo depois de ter pegado o “gostinho” da coisa no Anhagava, onde fiz meu primeiro rappel, comecei a me enturmar com um pessoal bacana. Nesta turma estavam meu primo Rafael,  “Gute”, Julio e mais um pessoal que não lembro o nome. Sei que depois disto aos poucos fui comprando meu equipamento e arriscava, junto com meu primo, algumas escaladas em árvores e no prédio de minha avó.

No começo fizemos muita besteira! Éramos loucos mesmo, nos arriscávamos demais, com equipamento inadequado, simplismente motivados por alguns filmes que assistíamos (Risco Total e K2 A Montanha da Morte, que eram nossos preferidos). Um certo dia, um tio do Rafael nos apresentou um amigo, chamado Aldo, que começou a nos levar para as montanhas e a nos ensinar algumas coisas. Nossa primeira investida ao Marumbi foi com ele. Lembro que subímos com mochila cargueira e acampamos no cume do Olimpo. Ventava muito e fazia muito frio. Inesqucível!

Com o ldo também começamos a ir ao Anhagava e a aprender as técnicas de escalada. Depois de um certo tempo começamos a ir sozinhos e a comprar equipamento próprio. Não demorou muito e compramos a primeira corda (era vermelha, da marca Roca), s primeiras costuras, sapatilhas (no começo escalávamos com kichute), etc…

Eram bons tempos, onde tudo era novidade! Foi legal descobrir a escalada nesta idade…

O Primeiro Contato Com a Rocha.

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Meu primeiro contato com a rocha. Depois disso comecei a pegar gosto pela coisa.

Essa foto é histórica! Meu primeiro contato com a rocha foi durante uma atividade da Tropa Sênior do GE Ar Bagozzi no Morro do Anhangava. Na verdade eu ainda estava em “Rota Sênior” e esta foi minha primeira atividade externa com a Tropa Sênior. Depois deste primeiro contato peguei gosto pela coisa e procurei saber mais sobre escalada e montanhismo, juntamente com meu primo Rafael. Eram tempos bons em que íamos para a montanha, muitas vezes somente nós dois enfrentávamos Anhangava, Marumbi e Pico Paraná. Não tinha tempo ruím, levantávamos cedo e, com chuva ou com sol, pegavámos um ônibus ou trem com destino a Serra do Mar paranaense.