Curitiba e seus 319 anos.

Sim, esta cidade é esquisita, cheia de manias, com um povo estranho, clima mais estranho ainda, mas sou completamente apaixonado por este lugar. O fato é que é muito bom morar aqui, é a terra onde tenho meus grandes amigos, onde tenho meu amor, minha família e onde pretendo ficar, pelo menos por um bom tempo.

Conheço diversas cidades e de maneira nenhuma é exagero ou “bairrismo” dizer que esta cidade é (de fato!) o modelo que todos pintam. Claroooo que ela tem vários problemas, mas para os mais desatentos podem até passar despercebidos.

Esta é apenas uma singela homenagem deste humilde blog, a esta maravilhosa cidade!

Abaixo algumas curiosidades e baboseiras acerca de Curitiba e do jeito curitibano de ser.

LENDAS CURITIBANAS

(dica da Carla Neves)

A loira fantasma

A história era muito narrada nos anos 1970. Diz que Lurdes, loira e muito bonita, morava em Curitiba e, certa vez, resolveu sair tarde da noite, por isso decidiu pegar um táxi.

O problema é que o taxista era psicopata tarado e decidiu levar a loira para o matagal. Estuprou e matou a moça. O que ele não sabia, contudo, é que a loira pertencia a uma seita de magia. Então, o espírito da loira começou a rondar pela cidade. Uma noite, uma mulher de capa preta pediu ao mesmo taxista para parar. Ela entrou no carro com o rosto coberto e solicitou a ele para se dirigir ao Cemitério Municipal. Ao chegar lá, ela teria dito: “pode me deixar aqui, minha morada é um túmulo decente. Mas, gostaria que fosse diferente.” O taxista, sem entender, reconheceu a moça quando ela mostrou o rosto. Ele teve um ataque de asma, que o matou asfixiado.

Dizem que a loira continuou assombrando vários taxistas da cidade.

O pirata do bairro Mercês

Em 1840, um misterioso inglês veio morar em Curitiba, no bairro chamado Sítio do Mato, hoje Mercês. O nome dele era Zulmiro e tinha perna-de-pau e dentes de vampiro. Ele teria cometido maldades na Inglaterra, por isso veio para cá. Dizem que ele tinha um mapa de um tesouro que ele escondeu nos subterrâneos das Mercês. Ele morreu, mas a crença é de que o fantasma do pirata aparece até hoje, toda sexta-feira em noite de lua cheia, na calada da noite. O tesouro e o mapa nunca foram encontrados.

Maria Bueno, a santa

Ela era de Morretes. Por ter sido a sétima filha a nascer, na crença popular, dizem, teria poderes paranormais. Quando jovem, Maria Bueno decidiu entrar para o convento, mas foi expulsa. Mandaram-a, então, a Curitiba para cuidar de um casal de idosos. Só que os velhinhos morreram e Maria teve de trabalhar de lavadeira. O dinheiro, porém, não dava para comprar muita coisa, por isso ela decidiu ganhar a vida num bordel. Um soldado se apaixonou por ela e a proibiu de trabalhar ali, mas ela não aceitou. Acabou morta de forma cruel (degolada). O soldado, depois, também fora degolado, por Gumercindo Saraiva. Hoje Maria é tida como a santa do povo e está enterrada no Cemitério Municipal.

Na mansão do Batel

Em 1950, uma mulher muito bonita pegou um táxi para percorrer vários lugares da cidade. Depois, ordenou ao taxista que se dirigisse para uma mansão no Batel. Ela entrou na casa e pediu que o motorista esperasse do lado de fora, pois havia esquecido a carteira e iria pegá-la. O taxista, enquanto esperava, notou uma movimentação dentro da mansão. Aguardou meia hora e, em seguida, resolveu procurar a mulher. Bateu na porta e ninguém atendeu. Entrou na casa e notou que havia muitas pessoas em um velório. O motorista ficou procurando a cliente entre as pessoas que estavam ali. Ele aproveitou e deu uma olhada no caixão. O defunto era a mesma mulher que, pouco tempo antes, estava dentro do táxi.

Capa preta

Um homem dançou a noite inteira com uma morena num baile. Na hora de deixá-la em casa, esqueceu uma capa preta com ela. No dia seguinte, foi buscar o acessório, quando foi recebido pelos pais da garota. Eles informaram que a mulher estava morta há muito tempo e mostraram uma fotografia. Era exatamente a mesma pessoa com quem ele tinha dançado. Não satisfeito, foi acompanhado dos pais da morena até o cemitério onde ela está enterrada, no São Francisco de Paula. A capa preta estava em cima do túmulo.

Fundação de Curitiba

Havia uma imagem de Nossa Senhora da Luz na capela do primeiro vilarejo de Curitiba, a Vilinha, ainda às margens do Rio Atuba. Todas as manhãs, essa imagem se voltada para a mesma direção (não adiantava mudar a santa de posição porque ela se virava para aquele lugar). Interpretando como uma vontade de Nossa Senhora de criar uma cidade naquele lugar, foi feito o contato com o cacique dos índios tingui, o Tindiquera, que ficava no espaço para onde a santa olhava. Este teria colocado uma vara no chão, dizendo “Coré Etuba”, que significaria “muito pinhão”. Essa vara teria brotado e virado uma frondosa árvore, sendo este o marco zero da cidade de Curitiba.

A grávida da Praça da Ucrânia

Dizem que nas sextas-feiras uma mulher grávida ia passear com o seu marido na feira de comidas da Praça da Ucrânia. Numa noite muito fria, ela chegou em uma barraca e pediu um sanduíche de mortadela. Enquanto esperava o seu lanche, um motoqueiro apareceu e começou a atirar em todos os presentes. Uma das balas atingiu a mulher, que morreu na hora.

Agora, toda sexta-feira, na Praça da Ucrânia, aparece uma grávida muito misteriosa que, como morreu sem comer seu sanduíche, pede para alguém comprar um para ela.

Fontes: A casa do contador de Histórias e livros “Lendas e Contos Populares do Paraná” e “Lendas e Tradições do Paraná.”

HÁBITOS TÍPICOS DE CURITIBANO

  • Não conversar com desconhecidos, principalmente se não for do mesmo “nível” dele.
  • Orgulharem-se de ser descendentes de poloneses, holandeses, sérvios, eslovenos, romenos, croatas, e alemães (o povo mais ralé da Europa que veio aqui porque nem tinha onde cair morto lá).
  • Se vê alguém estranho na rua, passa para o outro lado dela para evitar conflitos.
  • Acharem-se superiores ao resto do país.
  • Odeia sotaques de outras cidades.
  • Andar somente de carro, mesmo se for para ir 2 quarteirões de distância.
  • Não cumprimenta nem seus vizinhos.
  • Nos ônibus biarticulados, NUNCA passa da porta 3, não importa o quão lotado esteja.
  • Coloca o feijão em cima do arroz

MANIAS DE CURITIBANO

  • Chama salsicha (hot-dog) de “vina”.
  • Chama o semáforo de “sinaleiro”.
  • Chama o estojo de “penal”.
  • Diz “bolacha” em vez de biscoito.
  • Diz “piá” em vez de menino.
  • Diz “guria” em vez de menina.
  • Diz “podar” em vez de ultrapassar.
  • Diz “bexiga” em vez de balão.
  • Diz “corretivo” em vez de errorex. (O certo é corretivo, mas a desciclopédia sempre quer colocar uma gracinha a mais)
  • Acha que não tem sotaque nenhum.
  • Ter medo de mendigos
  • Ter medo de mendigos no semáforo (ou melhor, no “sinaleiro”)
  • Fechar a janela na cara desses mendigos aí de cima
  • Ignorar os mendigos aí de cima.

CURITIBANO E O CLIMA

  • Fala sobre a condição do tempo para puxar conversa com alguém.
  • Admira, diariamente, a linda cor cinza do céu curitibano.
  • Enfrenta sol, chuva, frio, calor, tudo no mesmo dia, mas ja está acostumado.
  • Mantém as janelas do ônibus fechadas, independente se o dia está frio, chuvoso ou aquele sol.
  • Sai todo agasalhado de manhã, e tira quase tudo até o final do dia.
  • No dia seguinte sai praticamente pelado de casa, passa frio, pega chuva, MAS isso não é problema, já que até chegar em casa já estara calor novamente…
  • Tem mania de lavar e polir seu carro no sábado ou domingo (o carro fica brilhando), só que toda vez que vai passear.. CHOVE !!!!
  • Mesmo com um clima de 360 dias de chuva e 5 nublado, ainda vai puxar conversa “será que faz sol hoje?”

ESQUISITICES

  • Faz fila para tudo (ônibus, mercado, banheiro,elevador, etc…).
  • Espera o ônibus/elevador em fila, mas quando este chega entra feito um louco sem esperar ninguém desembarcar.
  • Repara nas pessoas como se fossem de outro planeta.
  • Cumprimenta o vizinho de anos com ‘oi’ e ‘tchau’.
  • Espera a semana inteira pelo final de semana… e quando chega, acaba não fazendo nada.
  • Separa o ‘lixo que não é lixo’.
  • Acha que tudo em Curitiba é melhor do que em outras cidades.
  • Frequenta Clube Curitibano/Graciosa e santa Mônica e cada 15 dias e se esbalda no Baile do Pato em Pinhais.
  • Desdenha a Região Metropolitana, mas o Aeroporto de Curitiba fica em São José dos Pinhais.
  • Frequenta o Araucária Acqua Park no verão, mas também nem é de Curitiba!
  • Não aceita que alguém fale que curitibano é um povo fechado.
  • Chama o povo do norte paranaense de ‘pé-vermelho’.
  • Diz que a cidade não é mais a mesma por causa da invasão do pessoal de outros estados.
  • Come pastel e caldo de cana nas feiras livres.
  • Nas festas juninas chama vinho quente de quentão.
  • Pega o mesmo ônibus todo santo dia no mesmo horário e não cumprimenta nem motorista nem cobrador.
  • Acha que quem não é de Curitiba, sempre joga lixo no chão.
  • Difícelmente dá preferência para o pedestre na faixa.
  • Abre o ângulo pra fazer curva com um carro pequeno (Ford Ká, por exemplo), como se estivesse dirigindo um caminhão.
  • Fala bem dos restaurantes de Santa Felicidade (bairro ítalo-curitibano) mesmo indo lá uma vez ao ano.

(Fonte: Desciclopédia)

Posted on 29/03/2012, in Curiosidades, Curitibano fazendo turismo em Curitiba and tagged , . Bookmark the permalink. 2 comentários.

  1. Vladmir Brenner

    Me sinto muito bem quando tenho a oportunidade de estar em Curitiba! Cidade organizada, limpa, sempre a frente de seu tempo, o clima é o seu grande charme! Parabéns a quem tem a felicidade de morar nela… Aliás o Paraná é abençoado por boas cidades para se morar!!
    Vladmir Brenner
    Maringá PR

  2. Aê!! Ainda bem que me deu os devidos créditos!! 🙂

    Afinal, eu sou a santista mais curitibana que eu conheço!!

    Pena que ontem não pude me dar feriado!! hahahahaha

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